Especial Eleições. Arthur Migliari

O segundo a participar e ter suas ideias sobre o SC.Atibaia expostas, é o Promotor de Justiça, Dr. ARTHUR MIGLIARI (PHS) segue a abaixo, em negrito o questionário, e em itálico as respostas obtidas :
1- O SC.Atibaia terá algum tipo de apoio da prefeitura? Caso a diretoria do clube queira ajuda num projeto de marketing, estaria disposto a alavancar este projeto do time que pode levar o nome da nossa cidade?
Arthur Migliari : Bem, você sabe que eu adoro esportes, sempre joguei futebol, desde criança, sempre fui aficionado em esportes. Atualmente, ando de bicicleta, faço musculação na academia e jogo futebol na várzea, mas já fiz vôlei, tênis e natação. Aliás, só parei de nadar porque quebrei o ombro jogando futebol, na final do Campeonato Nacional do Ministério Público, em São Luiz do Maranhão há uns 4 anos. Então, você acha que não vou prestigiar o nosso time da cidade? Tem que dar apoio, mesmo porque é assim que a cidade se projeta para o cenário nacional. Sou de Sorocaba e sempre acompanhei o São Bento, que tinha prestígio, grandes patrocinadores, mas acabou caindo de divisão por conta de politicagem interna. Não quero que aconteça aqui o que ocorreu com o “Bentão”.

2- O senhor crê, que o “estádio” Municipal Salvador Russani, é apto para disputa de futebol profissional? E como o senhor vê, o numero exacerbado de partidas disputadas neste local?
AM :  Estádio? Que estádio? Ah, aquele campinho no Alvinópolis… que o pessoal chama de estádio. Onde estão as arquibancadas? E os vestiários? Você já entrou lá? Um dia, num jogo da várzea, nos trocamos no “vestiário” lá de cima, quando um dos meus companheiros saiu do vestiário para entrar no campo, torceu o pé num enorme buraco que tinha lá. E as condições dos chuveiros? Péssimas. Não tem lugar para aquecer, fazer massagem, nada. Não é um estádio para jogo de futebol profissional. Vou reformar tudo… O ideal, o melhor dos mundos seria fazer arquibancadas nas duas laterais e atrás dos golpes… mas aí é sonho (ou delírio) diante dos enormes problemas de saneamento básico, infraestrutura, saúde, segurança pública que a cidade tem. Agora, colocar os vestiários em condições de uso. E as partidas da várzea não dá pra fazer lá. Por isso, vou construir pelo menos dez campos de futebol na várzea, para que ninguém fique jogando no estádio, a não ser uma final, um jogo importantíssimo.
3- Seria possível a reforma do Salvador Russani para que haja uma melhoria em suas condições? Também seria possível que outros locais fossem criados para descentralizar as partidas amadoras lá disputadas?
AM : acho que já respondi tudo na questão anterior, mas é claro que vou descentralizar tudo, para que os times da várzea possam mandar seus jogos nos seus estádios. Serão as casas deles… isso mexe com o íntimo do jogador, do técnico, dos moradores do bairro, que viram torcida apaixonada pelo time.

4- O futebol pode ser considerado um meio para se tirar crianças de caminhos não tão virtuosos, caso houvesse um interesse de todas as partes, poderia acontecer de a prefeitura organizar juntamente com o SC.Atibaia, um campeonato municipal, no qual crianças/adolescentes jogassem e pudessem ter um contato com o clube, formando assim uma integração, no qual, além de um projeto social, os que se destacassem em campo, pudessem ser levados a categorias de base?
AM : Kauê. Comecei a jogar bola com 10 anos de idade. Tinha um time de crianças pobres e eu jogava lá… Era o Vila Rica, situado num dos bairros mais pobres de Atibaia, cercado de favelas. Era uma delícia, pois nós jogávamos no campo de terra, mas era medida oficial. Hoje passei por lá e está tomado de indústrias. Uma pena. Quando eu tinha uns 12 anos, a Prefeitura de Sorocaba fez um torneio chamado “Pé no Chão”, para crianças pobres e ricas da cidade, onde todos os times da cidade jogavam contra todos… o Vila Rica entrou. Chamava-se pé no chão porque as crianças só poderiam jogar descalças ou com tênis de lona. Não podia chuteira ou tênis de material sintético – que a gente não tinha dinheiro pra comprar. O torneio era por meio de eliminatórias duplas, ou seja, no mínimo, cada time jogava duas vezes no campeonato. Tinha a chave dos vencedores e a chave dos perdedores (porque perderam uma vez). Nesta segunda chave era um verdadeiro caldeirão, pois cada jogo era eliminatório. Foi o campeonato mais disputado que já participei, porque nós perdemos o segundo jogo do campeonato por 2×1 para o time dos “milionários e filhinhos de papai”, que era o time do Rosário Central, cujo técnico e dono do time era o Pepe Uriarte, da cidade de Rosário-Argentina. Nós jogamos com 10 jogadores e eu fiz o gol do nosso time. Depois nós caímos para a chave da morte, e a cada jogo nós nos sobressaíamos, cada um incentivando o outro, cobrindo o jogador… Foi o segundo campeonato que eu havia participado e o nosso time chegou em 3º lugar, num universo de 40 equipes… foi uma coisa espetacular. Vários “atletas” foram convidados para jogar em times melhores. Você acha que não faria isso em Atibaia? É meu sonho. Colocar a criançada jogando bola, disputando campeonatos, focando no esporte, criando uma disciplina. E não só no futebol, mas em todos os esportes: judô, jiu-jitsu, karatê, etc. A Secretaria dos Esportes tem mais é que fazer isso. Além disso, tenho muitos contatos com ex-jogadores profissionais, com pessoas ligadas ao Ministério dos Esportes que poderão me ajudar muito.

5- Destinaria algum valor do orçamento publico para o futebol profissional da cidade?
AM : Aqui há um problema jurídico sério. Não posso dizer que sim, pois aí haveria desvio de dinheiro público para um ente particular, o que é vedado por lei. Poderei ajudar de várias maneiras, criando meios para que o SC Atibaia consiga patrocínio, verbas, rendas, público, etc., mas se alguém prometer dinheiro público para uma entidade privada, esqueça,
está mentindo. Não pode. É ilegal.
Post’s feitos de maneira simultânea de todos candidatos, tendo quem respondeu primeiro, a matéria na parte de cima do blog, seguindo a ordem de respostas enviadas.